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© João Duarte

Que ``histórias do fogo`` têm os habitantes para contar?

Será que quando o lume varre montes e aldeias também lhes leva o som? Será que os sons dos lugares também ficam marcados pelo negrume? O que resta da paisagem devastada é também o silencio ou o som, que já não é igual ao que era? Também renasce, também se faz novo?

Partindo do mito da Fénix, que se renova a cada noventa e sete mil e duzentos anos, vamos escutar as Aldeias do Xisto antes e depois dos grandes incêndios. Partindo do trabalho de arquivo e de documentação do património acústico das Aldeias do Xisto – XISTO SONORO -, realizado por Luís Antero em 2013 (e editado em 2018), iremos novamente em busca das identidades destas aldeias. Através dos muitos sons que as habitam, iremos ouvir como renasceram.

Será esse o nosso trabalho maior: o de gravar a marca dos incêndios. Quais as paisagens sonoras que agora se escutam? Que “histórias do fogo” têm os habitantes para contar?

Nesses sons do antes e do agora vamos descobrir frases, texturas e ambientes sobre os quais vai ser composta uma partitura interpretada numa performance/concerto (em quadrifonia).

© João Duarte

Ficha Artística

Paisagens sonoras, guitarra elétrica: Luís Antero  Samples, eletrónica, teclados, guitarra: Luís Pedro Madeira  Percussão: Quiné Teles

 

Luís Antero é paisagista sonoro. Desenvolve, desde 2008, um trabalho de recolha e de documentação do património acústico de várias zonas do território nacional. Realizado com base em gravações sonoras de campo, este trabalho pode ser acompanhado através dos sites www.luisantero.yolasite.com e www.luisantero.bandcamp.com. É curador da editora online Green Field Recordings e radialista. Artista convidado e um dos responsáveis pelas gravações do projeto Sons do Arco Ribeirinho Sul, na cidade do Barreiro; Diretor Artístico do Arquivo Sonoro do Centro Histórico de Coimbra; do arquivo Sons da Montanha: Arquivo Sonoro de São Martinho de Anta (a partir de Miguel Torga); do Xisto Sonoro, Arquivo Sonoro da Rede das Aldeias do Xisto; do Arquivo Sonoro da Água, na Lousã; do Arquivo Sonoro da Guarda; do Arquivo Sonoro de Viseu; Arquivo Sonoro de Cem Soldos, Tomar, entre outros. É licenciado em Estudos Artísticos e pós-graduado em Património Cultural Tradicional e Popular Português.

 

Luís Pedro Madeira é licenciado em Educação Musical pela Escola Superior de Educação de Coimbra, estudou vários instrumentos e é professor de educação musical há mais de vinte anos. Como músico, produtor e compositor trabalhou em inúmeros projetos musicais, bem como em música para teatro, cinema e dança.

 

Quiné Teles é baterista e percussionista. Fez parte da Brigada Victor Jara e de numerosos outros projetos musicais nas áreas da música popular portuguesa e do jazz, com os quais participou em digressões pela Europa, América do Norte, Brasil, Canadá e Macau. Compôs e colaborou em músicas para diversos filmes, séries e peças de teatro. Participa regularmente em trabalhos discográficos de diversos músicos e intérpretes portugueses, e toca ou tocou com vários nomes de referência da música portuguesa e internacional, como António Pinho Vargas, João Paulo Esteves da Silva, Fausto Bordalo Dias, Mário Laginha, Maria João, Pedro Abrunhosa, Filipa Pais, Sérgio Godinho, Uxía, Vitorino ou Janita Salomé. Dirige o projeto eletroacústico Da Côr da Madeira. Com participações em mais de uma centena de outros discos, foi arranjador e produtor dos CDs Essências Açores, de Helena Oliveira, Tardio, de Ricardo Fino, ou Eu de Ela Vaz, entre outros.

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